segunda-feira, 29 de março de 2010

Anel

Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região.
Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se.
- Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada.
Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota.
Como posso melhorar?
O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-te.
Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois.
E fazendo uma pausa falou:
- Se você ajudasse-me, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez, possa ajudar-te.
- C... Claro, professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez
desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado.
Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida.
É preciso que obtenhas pelo anel o máximo valor possível, mas não aceite
menos que uma moeda de ouro.
Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto
pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim seu professor das preocupações.
Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.
Entrou na casa e disse:
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu.
Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante o que disse, meu jovem... contestou sorridente.
Devemos saber primeiro o valor do anel.
Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro.
Quem melhor para saber o valor exato do anel?
Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dará por ele.
Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda...
Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e deu-lhe o anel para examinar.
O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e disse:
- Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 MOEDAS DE OURO!!! - exclamou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro.
Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.
- Sente-se - disse o professor.
Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:
- Você é como este anel, uma jóia valiosa e única, e que só pode ser
avaliada por um "expert".
Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E, dizendo isto, voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta jóia: valiosos e únicos, e andamos por todos os
mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.
Você deve acreditar em si mesmo.
Sempre!
"Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento."

Cachorrinho Manco

Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes 'a venda. "Entre 30 e 50 dólares", respondeu o dono da loja.

O menino puxou uns trocados do bolso e disse:

- "Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes?"

O dono da loja sorriu e chamou Lady, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.

Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:]

- "O que é que ha com ele?"

O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse:

- "Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"

O dono da loja respondeu:

- "Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente."

O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse:

- "Eu não quero que você o de para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou 2,37 dólares agora e 50 centavos por mês, ate completar o preço total."

O dono da loja contestou:

- "Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos."

Ai', o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calca para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar.

Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

- "Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso."

Oito Bons Presentes Que Não Custam um Centavo
O PRESENTE ESCUTAR... Mas você deve realmente escutar. Sem interrupção, sem distração, sem planejar sua resposta. Apenas escutar.

O PRESENTE AFEIÇÃO... Seja generoso com abraços, beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos. Deixe estas pequenas ações demonstrarem o amor que você tem por família e amigos.

O PRESENTE SORRISO.... Junte alguns desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas. Seu presente será dizer, "Eu adoro rir com você."

O PRESENTE BILHETINHO... Pode ser um simples bilhete de "Muito obrigado por sua ajuda" ou um soneto completo. Um breve bilhete escrito à mão pode ser lembrado pelo resto da vida, e pode mesmo mudar uma vida.

O PRESENTE ELOGIO... Um simples e sincero, "Você ficou muito bem de vermelho", "Você fez um super trabalho" ou "Que comida maravilhosa" faz o dia de alguém.

O PRESENTE FAVOR... Todo dia, faça algo amável.

O PRESENTE SOLIDÃO... Tem momentos em que nós não queremos nada mais do que ficar sozinhos. Seja sensível à esses momentos e dê o presente da solidão ao outro.

O PRESENTE DISPOSIÇÃO... A maneira mais fácil de sentir-se bem é colocar-se à disposição de alguém, e isso não é difícil de ser feito.

Desconheço o autor.

Olhar para cima
CERTA VEZ UM JOVEM MARINHEIRO TEVE QUE SUBIR AO MASTRO DURANTE UMA TEMPESTADE.
AS ONDAS LEVANTAVAM O BARCO PARA ALTURAS ESTONTEANTES E LOGO EM SEGUIDA
JOGAVAM-NO PARA PROFUNDEZAS ABISMAIS
O JOVEM MARUJO COMEÇOU A SENTIR VERTIGEM E ESTAVA QUASE CAINDO O CAPITÃO GRITOU:
"MOÇO, OLHE PARA CIMA".
DE MANEIRA DECIDIDA, O MARINHEIRO DESVIOU O OLHAR SEU OLHAR DAS ONDAS AMEAÇADORAS
E OLHOU PARA CIMA. ELE CONSEGUIU SUBIR COM SEGURANÇA E EXECUTAR A SUA TAREFA
QUANDO OS DIAS DE TRIBULAÇÃO REVOLVEM A NOSSA VIDA, QUANDO AS TEMPESTADES DA VIDA
NOS CONFUNDEM, PERDEMOS O EQUILIBRIO E SOMOS AMEAÇADOS DE DESPENCAR.
ENTRETANTO SE DESVIAR-MOS NOSSO OLHAR DOS PERIGOS E OLHARMOS PARA O AJUDADOR,
SE BUSCARMOS A FACE DO SENHOR EM ORAÇÃO E AGARRAMOS A SUA PODEROSA MÃO, NOSSO
CORAÇÂO SE AQUIETARÁ, RECEBEREMOS FORÇA E PAZ PARA PODERMOS EXECUTAR AS NOSSAS
TAREFAS EM MEIO AS TEMPESTADES E FINALMENTE SEREMOS VITORIOSOS.

Autor desconhecido

Barulho de Carroça
Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio
no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno
silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais
alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho.
Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo,
tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...

Autor desconhecido









segunda-feira, 22 de março de 2010

ÁGUA, MINHA AMIGA

Frances Rodrigues Pinto

A ÁGUA É MINHA AMIGA

COM ELA POSSO CONTAR

PARA BEBER ÁGUA

E MINHA SEDE MATAR.

ADORO TOMAR BANHO

E LIMPINHO FICAR

MAS TENHO QUE SER LIGEIRO

PARA MUITA ÁGUA NÃO GASTAR.

1-PINTE NO TEXTO TODAS AS LETRINHA A DE ÁGUA QUE VOCÊ ENCONTRAR.

2- OBSERVE A PALAVRA E SEPARE EM SÍLABAS:

ÁGUA ___________________

QUAL A PRIMEIRA LETRINHA:___________

QUAL A ULTIMA LETRINHA:_____________

QUANTAS LETRAS TEM ESSA PALAVRA:__________

QUANTAS SÍLABAS:________________

3-VAMOS PROCURAR NO POEMA ALGUMAS PALAVRAS TENHA A LETRINHA A, DEPOIS SEPARA-LAS EM SÍLABAS:

_____________________ ________________

_____________________ _________________

_____________________ _________________

_____________________ ____________________

_____________________ ___________________

_____________________ ____________________

4-AGORA VAMOS ESCREVER ALGUMAS UTILIDADES DA ÁGUA:

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domingo, 21 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

Planeta água

Guilherme arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre o profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
Na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés onde Iara mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra planeta água... terra planeta água
Terra planeta água.

Estudo do vocabulário


ÁGUA, MINHA AMIGA
Frances Rodrigues Pinto

A ÁGUA É MINHA AMIGA
COM ELA POSSO CONTAR
PARA BEBER ÁGUA
E MINHA SEDE MATAR.

ADORO TOMAR BANHO
E LIMPINHO FICAR
MAS TENHO QUE SER LIGEIRO
PARA MUITA ÁGUA NÃO GASTAR.

ESTUDO DO TEXTO

1-PINTE NO POEMA AS PALAVRAS QUE RIMAM.

2-QUAL O TÍTULO DA POESIA?
___________________________________________________
3-QUEM É O AUTOR?
____________________________________________________
4- DE QUE FALA A POESIA?
_____________________________________________________
5- O QUE A AUTORA ADORA FAZER?
__________________________________________

6-ESCREVA DUAS UTILIDADES DA ÁGUA QUE APARECE NO TEXTO;
_____________________________
_____________________________


7-REESCREVA A FRASE SUBSTITUINDO A PALAVRA DESTACADA ´POR OUTRA COM MESMO SIGNIFICADO.

MAS TENHO QUE SER LIGEIRO.
____________________________________________________________

8- DESCUBRA PALAVRAS QUE RIMA COM:
ÁGUA_____________________ ______________________ ___________________
BANHO___________________ ______________________ ___________________
AMIGA___________________ ______________________ ___________________

9- QUANTOS VERSOS TEM A POESIA?
______________________________________

10-QUANTAS ESTROFES?
_________________________________________________________________

sexta-feira, 19 de março de 2010

O macaco e a mola

O MACACO E A MOLA

O MACACO VÊ A MALA.

O MACACO CUTUCA A MALA.

DA MALA PULA A MOLA.

A MOLA VIRA BOLA.

A BOLA PULA. A BOLA ROLA.

A MOLA GALOPA COMO O CAVALO.

A MOLA REBOLA COMO O ROBALO.

O MACACO FICA MOLE DE MEDO.

-- A MOLA SERÁ MALUCA?

A MOLA VIRA BALA, CANECA.

FITA, BONECA E PETECA.

O MACACO FICA PARADO.

-- A MOLA SERÁ PIRADA.

PEGA-PEGA, PULA-PULA!

A MOLA PULA NO PÉ DO MACACO.

O MACACO RODA.

A MOLA RODA.

TUDO RODA.

O MACACO CUTUCA A CUCA.

-- A MOLA SERÁ CADUCA?

A MOLA PULA DE NOVO.

A MOLA PULA NA MALA.

EPA! AGORA O MACACO JÁ SABE.

NADA DE MOLA MALUCA!

NADA DE MOLA CADUCA!

NADA DE MOLA PIRADA

A MOLA É MÁGICA.

ÁGUA

- DEBATE
temas:
  • Economia de água, um dia ela pode faltar.
  • Cuidados higiênicos com água.
  • Desperdícios

-PRODUÇÃO DE TEXTO:
  • Imagine o que poderia acontecer no mundo se um dia a água acabar...
  • Construção de poesias sobre o tema.
  • Listar as utilidades da àgua.
  • Construção de anuncios e propagandas.
ORTOGRAFIA
  • acento agudo e circunflexo
  • estudo da letra A
  • estudo da silaba complexa gua

GÊNERO:
poesia
rimas


DIA 22 DE MARÇO DIA NACIONAL DA ÁGUA









Objetivos ;
Reconhecer a importância da água em nossas vidas.
Identificar a utilização adequada da água em nossas vidas.
Reconhecer situações em que a água é prejudicial em nossas vidas.
Reconhecer e aplicar os diversos cuidados higiênicos com a água.

SUGESTÕES DE LEITURA:
Doce água doce
Peixe Pixote


Música:
Planeta água
- fazer leitura da letra.
- ouvir
- Debater das várias formas como se apresenta a água na letra da música,
-Interpretações
. Idéias implicitas
. Idéias explicitas.
. Tema Central
.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR COM NOMES.

  • Classificar nomes de coleguinhas da sala de acordo com o numero de letras.
  • Identificar nomes pelo numero de sílabas,
  • Identificar nos nomes vogais.
  • Identificar nos nomes consoante.
  • Quais nomes começam com a letra__.
  • Quais nomes terminam com letra__.
  • Separar em lista nomes de meninas e meninos.
  • Colocar nomes próprios em ordem alfabética.
  • Destacar nomes que possuem semelhanças;
Ex; Marcos e Marcelo
Rafaela e Gabriela
  • Criar novos nomes a partir das primeiras e das ultimas sílabas
  • Procurar nomes escondidos dentro de outros nomes;
Ex; Lucélia Lu+Célia
  • Transformar os nomes em seus diminutivos e aumentativos;
Ex; Vitor - Vitinho e Vitão
  • Criar rimas com os nomes;
  • Trabalhar o alfabeto com nomes dos coleguinhas;
  • Formar o seu nome e dos coleguinhas com o alfabeto móvel.
  • Formar o seu nome e dos coleguinhas com as sílabas móvel.
  • Separar sílabas:



sábado, 13 de fevereiro de 2010

PARA REFLETIR

Cópia: tempo perdido

Embora seja uma prática bastante comum nas salas de aula brasileiras, a cópia quase nunca faz sentido como um recurso didático.

No Brasil, os alunos copiam muito, por muito tempo, sem finalidade didática.

Mais sobre formação continuada

Certamente você conhece esta cena: ao propor que as crianças copiem determinado texto, elas torcem o nariz, reclamam e, preguiçosamente, começam a transcrever o conteúdo para o caderno.Antes de lamentar a apatia da turma ou simplesmente seguir em frente com esse tipo de proposta ignorando o mal-estar, é necessário analisar a situação a fundo, em busca dos resultados que ela realmente proporciona e das aprendizagens que se pretende alcançar. Depois de fazer isso, pode acreditar, a cópia será praticamente banida das salas de aula, principalmente nas turmas de alfabetização.

Já está mais do que comprovado que os alunos são levados desnecessariamente a copiar muita coisa por muitas horas. Ao pesquisar o motivo que fazia os estudantes cubanos terem desempenho melhor do que os de outros países latino-americanos, o economista americano Martin Carnoy comparou 36 escolas de Cuba, Chile e Brasil. Entre várias descobertas, ele verificou que o tempo usado para copiar em território brasileiro é três vezes maior do que o registrado nas salas de aula cubanas.

Copiar não ensina ninguém a ler e escrever.

"A cópia ocupa um lugar de destaque na prática dos alfabetizadores, mas na maioria dos casos é usada para fins que não contribuem para a aprendizagem e o avanço das crianças", afirma Najela Tavares Ujie, mestre em Educação e professora da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Em 2006, ela coordenou uma pesquisa em que estudantes de Pedagogia acompanharam a rotina em sala de aula de 30 turmas de 1ª série em escolas públicas e privadas de Prudentópolis, a 204 quilômetros de Curitiba. Em apenas uma semana, eles se depararam com 215 propostas de cópia. Em 81% dos casos, a atividade estava relacionada à exercitação mecânica (visando o treino ortográfico para memorização e redução de erros), ao preenchimento de tempo (para punir as crianças e inibir conversas) e à reprodução no caderno dos exercícios apresentados no livro didático.

A presença dessa proposta antiquada é tão preocupante que também despertou a atenção, em 1998, de 3 mil universitários de 96 faculdades de Pedagogia e Letras participantes do programa Bolsa Alfabetização, em parceria com o programa Ler e Escrever, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Os bolsistas atuavam juntamente com os professores titulares de turmas do 2º ano para desenvolver uma investigação didática relacionada às práticas escolares. "Eles rapidamente descobriram que o objetivo dos educadores era que as crianças aprendessem a ler e escrever copiando e que isso, obviamente, não ocorria. A atividade só servia mesmo para encher o caderno", conta Ellis França, professora da Faculdade Santa Marina. Outras percepções ficaram evidentes. Para os estudantes alfabéticos, a atividade era cansativa e sem sentido: eles não liam o que estavam copiando e cometiam muitos erros ortográficos, embora cumprissem a tarefa com rapidez. Para os não-alfabéticos, representava uma missão difícil de ser cumprida. "Eles copiavam letra por letra, pulavam palavras, perdiam a sequência do texto, demoravam muito e não conseguiam concluir. Tudo isso provocava muita frustração", explica Ellis. Por fim, ficou claro também que nem para a caligrafia a dita-cuja funciona. Segundo Marisa Garcia, doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e consultora do Programa Ler e Escrever/Bolsa Alfabetização, ao chegar ao fim da folha, o aspecto visual das letras está pior do que nas primeiras linhas.

Não basta ter propósito social. É preciso haver aprendizagem
Para que tenha alguma utilidade didática, a cópia tem de ser ressignificada pelos professores. "Ela tem sido considerada uma atividade com o poder de produzir escrita, mas copiar é transcrever, e não escrever", diz Marisa.

Copiar era uma prática social importante. Hoje em dia, não é mais.

A tarefa pode favorecer a aquisição do sistema de escrita, quando, por exemplo, se propõe à criança a cópia do título do livro que ela vai levar emprestado para ler em casa. O desafio consiste em localizar onde aparecem o título do livro e o nome do autor, o que se converte em uma desafiadora situação de leitura. Essa é uma ideia citada em La Lectura en la Alfabetización Inicial - Situaciones Didácticas en el Jardín y la Escuela, publicação argentina coordenada pelas educadoras Claudia Molinari e Mirta Castedo, que reúne ações implementadas por um programa de alfabetização inicial daquele país.
Para ter alguma utilidade pedagógica, tem de responder muito bem à pergunta "copiar por quê?". Em uma palestra organizada em 2009 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a educadora argentina Delia Lerner, da Universidade de Buenos Aires, sugeriu mais questões para potencializar a indagação. A cópia é ou era uma prática social importante? Quais são seus propósitos? Para que se copiava antigamente? E hoje em dia? Além disso, é essencial, conforme destaca Delia, levar em conta o tipo de relação que existe entre a forma como o ato de copiar é apresentado na escola e a maneira como existe fora dela, no dia a dia. "É papel da instituição formar pessoas que saibam fazer coisas úteis fora de sala de aula"
(leia o quadro abaixo).

A cópia ao longo da história

Antes da invenção da tipografia, em 1449, pelo mestre gráfico alemão Johannes Gutenberg (1400-1468), a cópia era uma atividade imprescindível. Era graças aos manuscritos, feitos por monges e frades, chamados copistas ou escribas, que os livros se difundiam. "Se hoje conhecemos os escritos de grandes pensadores, como o filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), foi porque os copistas os conservaram", diz Terezinha Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). "Para isso, eles não precisavam ser necessariamente grandes leitores. Ainda assim, eram considerados artistas, pois para os homens medievais a preservação do livro era vital para difundir o conhecimento e a sabedoria." Tal ofício, como relatam os historiadores Guglielmo Cavallo e Roger Chartier no livro História da Leitura no Mundo Ocidental, era extenuante. O escriba lia em voz alta o texto para ativar a memória imediata, enquanto transcrevia. Por volta do século 13, começaram a surgir equipamentos e móveis feitos para ajudá-los a reproduzir as páginas dos livros de maneira mais mecânica, sem terem de recorrer à leitura em voz alta. "Iluminuras e gravuras de madeira, mostrando scriptoria da fase medieval tardia, mostram copistas com a boca fechada, sentados em mesas equipadas com apoios para livros e utilizando uma variedade de novos marcadores de linha operados mecanicamente para guiar os olhos na ação de seguir o texto a ser copiado", descreve o livro.
Hoje, é possível copiar uma frase ou um texto inteiro com o computador ou com fotocopiadoras em segundos. "Não sei se os professores, quando pedem às crianças que copiem algo, têm consciência do que estão fazendo. Copiar é um esforço grande e não está claro que, como prática social, seja necessário nos dias de hoje", observa a educadora argentina Delia Lerner.

Um segundo grupo de questionamentos que deve ser feito tem a ver com a análise do ensino dessa prática. Nesse sentido, é importante que o professor se pergunte: como funciona a cópia na escola? Em que situações didáticas é proposta? Por quê? Ela aparece isolada ou relacionada a outras atividades? Como as crianças copiam? Afinal é fundamental também fazer com que o ato de copiar seja significativo para os estudantes. Em geral, imagina-se que basta propor que eles copiem coisas como letras de música, lista de telefones dos colegas e receitas para serem consultadas depois. No entanto, não se trata disso. "É preciso entender que nesse processo é imprescindível haver alguma aprendizagem", diz Delia.
Um bom exemplo do emprego dessa estratégia é apresentado pela educadora argentina Ana Teberosky no artigo
A Intervenção Pedagógica e a Compreensão da Língua Escrita. A autora conta que uma professora de um grupo de crianças de 5 anos de uma escola de Barcelona, na Espanha, articulava ditado, leitura, cópia e escrita em uma só atividade, pedindo que os pequenos ditassem a história em que estavam trabalhando para que ela a escrevesse no quadro, deixando claro que registraria tudo o que fosse dito. Eles ditavam alguns trechos enquanto conversavam entre si e faziam comentários. Assim, ela anotou: "As sete cabrinhas era uma vez uma mãe ai que comprido a mãe foi embora". Quando leu em voz alta, todos protestaram, dizendo que havia palavras a mais, que não faziam parte da história. Então, ela solicitou que fosse indicado o que deveria ser apagado e isso era feito enquanto relia o trecho. Ao fim da atividade, pediu às crianças para copiar do quadro o texto que haviam ditado, já com as correções feitas, para que continuassem trabalhando na aula seguinte. Nessa situação, a cópia tem razão de ser porque conserva um fragmento de uma história que vai ser retomada em outra ocasião e o texto que foi copiado é conhecido - as próprias crianças o produziram. Essas são duas condições imprescindíveis para a cópia ter algum sentido na perspectiva da alfabetização inicial, além de, é claro, estar explícito que todos estão copiando para determinado fim e não só porque a professora quis que copiassem. Nesse mesmo estudo, Ana também percebeu que muitos alunos copiavam o texto dos colegas mais próximos em vez de reproduzir o que estava no quadro. Fazem isso porque o caderno está mais próximo do que o quadro - uma atitude que, de acordo com Delia, tem um paralelo com os equipamentos criados para os copistas da Idade Média para minimizar o grau de deslocamento ocular entre o original e a cópia.